EM Almiro Paraíso: Histórico

23/11/2017

A Escola Municipal Almiro foi fundada pelo governo estadual,em 28 de janeiro de 1961 e municipalizada em 12 de fevereiro de 1998, de acordo com a resolução número 8.801/98, da Secretaria Estadual de Educação de Minas Gerais. A escola oferece creche, pre-éscola e fundamental I . No início do ano estavam matriculados 81 alunos, 19 na creche, 11 na pré-escola, seis no1º ano , 9 no 2º ano, 15 no 3º ano, 8 no 4º ano e 13 no 5º ano. Com a transferencia a escola perde 23 alunos. Trata-se de uma instituição querida e que já faz parte da história do Paraíso, na zona rural de Viçosa. Seu nome é uma homenagem ao senhor Almiro Fialho de Freitas -'Almiro Paraíso' -, proprietário rural, lcujos esforços foram determinantes na criação da escola.

Aqui vamos contar como ocorreu a precarização desta escola e as inúmeras tentativas de seu fechamento.

Histórico

1/2/2013

Começando o período das aulas, moradores do Paraíso foram comunicados, que a escola do Paraíso seria fechada por falta de alunos. O prefeito era Celito Francisco Ceri (PR) e seu vice Ângelo Chequer (PSDB). Uma reunião foi marcada na escola. Estiveram presentes nessa reunião,pais, moradores, a diretora Rogéria Santos, a então Secretária de Educação, Gláucia d'Antonino, e do Legislativo os vereadores Marcos Nunes (PT), Sávio José (PT), Geraldo"Geraldão" Andrade (PTB), Professor Idelmino Silva (PCdoB) e Geraldinho Violeira (PSDC). O argumento usado pela Secretária era orçamentário, em segundo plano estava a infra-estruturada escola. Para os pais, a preocupação era assegurar vaga em escola que oferecia o ensino fundamental II,médio e de melhor qualidade, pois a escola sofria com o descaso do executivo. Além disso, as escolas aceitavam matricular alunos que não estavam geograficamente inseridos nas suas proximidades, não havia fiscalização e o ônibus escolar era disponibilizado gratuitamente, mesmo para aqueles que estudavam fora da área de zoneamento. Depois de muita pressão, a Secretária optou por criar salas multisseriadas. Os pais foram contrários, mas nada puderam fazer.

2014

A escola continua funcionando com salas multisseriadas. O município não faz nenhum investimento na escola. A escola continua a perder alunos,agora também por qualidade. 1º de outubro de 2014, o vice prefeito Ângelo Chequer assume a prefeitura após falecimento do prefeito Celito Francisco Sari. O conselho Municipal de Educação é contra as salas multisseriada se pressiona o executivo para que retornem as salas seriadas.

2015

Rotary Club Cidade Universitária escolhe a escola do Paraíso para reformar. Em setembro, a ACP e o Rotary solicitam uma reunião com a Secretária de Educação, Melíade Paoli Lopes Moreira, também participa desta reunião o senhor Luciano Piovesan, Secretário de Governo. A Associação e o Rotary precisavam saber se a escola não seria fechada, para iniciar a reforma. O prefeito Ângelo Chequer autoriza a reforma dizendo que não fechará a escola. Nenhum investimento é feito pelo executivo na reforma.O Conselho Municipal de Educação continuam pressionando o executivo para que retornem as salas seriadas.

11/2/2016 Início das aulas.

24/2/2016

Secretária de Educação, Melíade Paoli Lopes Moreira convoca uma reunião com pais de alunos da escola do Paraíso, na Escola M. Ministro Edmundo Lins, no dia 24 de fevereiro. Durante a reunião é apresentado aos pais uma proposta de tornar a escola do Paraíso uma escola de tempo integral, mas com turmas assistindo, pela manhã, aulas regulares, na Escola Municipal Ministro Edmundo Lins. Os pais não gostam da proposta. A Secretária de Educação não apresenta uma alternativa. Os pais pedem uma nova reunião para pensarem numa contraproposta. Os pais e professores querem todos os alunos matriculados estudando no Paraíso. A professora, Ana Lúcia de Oliveira Silva, propõe o ensino por área. Essa seria a proposta que deveria ser entregue a Secretária de Educação. Os pais também decidem que uma carta aberta, tornando público o problema deveria ser lido na Câmara Municipal. Então Surge Ana Elisa de Oliveira, a mãe que leria a carta na tribuna, da câmara municipal, no dia 01 de fevereiro de 2016.

1/03/2016

ACPtem uma reunião com o prefeito, Ângelo Chequer, o Secretário de Governo, Luciano Piovesan e o Secretário de Agricultura, Marcos de Castro Fialho, durante a reunião o Secretário de Governo anuncia que duas turmas seriam transferidas para a escola Estadual Effie Rolfs. Ana Elisa lê a carta Carta aberta à senhora Melíade Paoli Lopes Moreira, titular da Secretaria de Educação, na Câmara de Vereadores. Logo depois, quando iniciam os discursos dos vereadores, a maioria é favorável ao que desejam os pais. O discurso também repercute na internet.

4/03/16

Prefeito,o Secretário de Governo e a Secretária de Educação reúnem novamente com os pais na escola e anunciam: a escola funcionará com todas as turmas e em 2 turnos. Os pais comemoram.

8/3/16

As aulas retornaram no dia. Deveriam ser contratados 4 professores, um professor de educação física e uma assistente de serviço.

9/3/16

A escola é reformada e reinaugurada com a presença do Prefeito Ângelo Chequer e da Reitora da UFV, Nilda de Fátima Ferreira Soares.

Campanha eleitoral 2016. O então candidato Ângelo Chequer vai até a escola e diz que não fechará a escola e que atenderá aos anseios dos moradores do Paraíso.

1/2/2017

Novamente às vésperas do início das aulas, que foi no dia 6 de fevereiro, isto é 5 dias antes do início do ano letivo, a Secretária de Educação, Míriam Rocha e funcionárias estiveram na escola, para uma reunião que seria exclusiva para os pais, mas da qual participaram, a contragosto da Secretária, representantes da ACP e moradores. A Secretária veio para comunicar a transferência das crianças do primeiro, segundo e quarto anos para uma escola urbana e a manutenção apenas das turmas do pré-escolar, terceiro e quinto anos, além da creche que começou a funcionar este ano. Nesta reunião, todos os pais e moradores foram contrários ao fechamento de turmas na escola e todos os pais pediram que os filhos fossem matriculados regularmente na escola do Paraíso. A Secretaria de Educação disse que daria depois a resposta.

4/2/2017

No dia 04 de fevereiro, duas representantes da comunidade estiveram no Programa Conversa Franca, na Rádio Quintal FM denunciando o que estava acontecendo. 6/2/2017 Dia do início das aulas. A Secretária de Educação mantém a transferência dos alunos. O vereador Idelmino Ronivon da Silva (PC do B) esteve na escola e os pais solicitaram que ele entrasse com um mandado de segurança. Depois disso, todos ficaram esperançosos que seus filhos teriam um ano letivo tranquilo na escola perto de onde moram.

13/2/17

O mandado de segurança foi indeferido. Grande tristeza noParaíso. Foi então que os pais tomaram a decisão de levar o problema ao Legislativo. A senhora Miriam Rocha vai até a escola e informa a coordenadora que o mandado de segurança foi indeferido.

14/02/17

Pais e moradores participam da reunião da Câmara de Vereadores e Narayane Domingos Ferreira discursa representando os pais de alunos da escola. Idelmino Ronivon da Silva (PC do B) e Sávio José (PT) discursam a favor dos pais. O vereador Wallace Arlindo Calderano (PV) sugere uma reunião na escola com todos os vereadores e o executivo.

15/02/17

Logo pela manhã, a então coordenadora da escola, Eliane Resende Rodrigues Sobreira, foi chamada à Secretaria de Educação e foi afastada do cargo e transferida para outra escola do município, porque havia participado da manifestação na Câmara dos Vereadores e mantinha as crianças transferidas em sala de aula junto com as outras crianças.Pais moradores e a ACP repudiam a remoção da coordenadora. Pais e moradores passam a ter medo de retaliações.

16/02/17

Vereadores
Idelmino Ronivon da Silva (PC do B), Sávio José do Carmo Silva (PT), Wallace
Arlindo Calderano (PV) e Antônio Elias Cardoso (PTB) estiveram na escola, para através de pais e moradores entenderem o problema. Mais uma vez o prefeito Ângelo Chequer não comparece. O vereador Wallace disse que o prefeito não gostou quando os pais recorreram a justiça. Depois de um longo debate, uma comissão foi formada para conversar com o Prefeito Ângelo Chequer na sexta-feira, em seu gabinete.

17/02/17

A Comissão eleita no dia anterior esteve com o Defensor Público, Glauco Rodrigues de Paula, com o advogado Wagner Ramiro Sales, buscando uma solução para o impasse . Por volta das 19:30, estiveram no gabinete do Prefeito, a comissão formada por 3 pais de alunos, a secretária da ACP e um
representante do Rotary. Participaram do reunião, além do Prefeito Ângelo Chequer, a Secretária Municipal de Educação, Míriam A. Rocha e o Promotor de Justiça, Bruno Oliveira Muller. Esta reunião foi gravada. Uma das propostas foi de que o ano letivo corresse normalmente, a Secretaria de Educação definisse qual era o número mínimo viável de alunos por sala para o funcionamento da escola e até o final do ano seria feita a tentativa de se obter este número. O Prefeito disse que convocaria a equipe da Secretaria Municipal de Educação para uma reunião na segunda-feira, dia 20 de fevereiro e tomaria a decisão final.

20/02/17 

Logo cedo, funcionárias da Secretaria Municipal de Educação estiveram na escola e retiraram as crianças das turmas a serem transferidas, as colocaram numa sala com livro e móveis entulhados, sem nenhum tipo de atividade, por 2 horas. As mães que estavam na escola ficaram revoltadas com a situação. Elas tentaram registrar o que estava acontecendo, mas foram intimidadas pelas funcionárias. Depois do recreio, as crianças para a sala de aula, porque um membro da diretoria da ACP chamaria o conselho Tutelar, caso as crianças não voltassem para a sala de aula. No final da noite, o Prefeito comunicou que manteria a transferência dos alunos, o que abalou muito os pais e todos o moradores do Paraíso. transferiram os alunos que ficaram até esta data sem aulas normais. Alguns ainda tentaram levar seus filhos novamente para a escola, contudo encontraram o Procurador do Município, na área de educação, Jesús Menjivar Nieto, que estava lá para certificar que os alunos seriam transferidos e não permaneceriam mais naquela escola. Numa discussão com os pais, ele afirmou que foram realizadas oito reuniões com os pais, antes da transferência e que estas reuniões constam em ata. Os pais alegaram que não foram chamados ou participaram dessas reuniões. Embora o Prefeito afirme veementemente que não está fechando a escola, a transferência maciça de alunos leva ao esvaziamento e os próprios pais não confiam mais de deixar seus filhos numa escola que vive correndo o risco de fechar e que foi abandonada pelo executivo Acreditamos que tais
atitudes levarão ao fim mais uma escola !

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